30 novembro 2008


Sou do fado
Como sei
Vivo um poema cantado
De um fado que eu inventei
A falar
Não posso dar-me
Mas ponho a alma a cantar
E as almas sabem escutar-me
Chorai, chorai
Poetas do meu país
Troncos da mesma raíz
Da vida que nos juntou
E se vocês não estivessem a meu lado
Então não havia fado
Nem fadistas como eu sou
Nesta voz tão dolorida
É culpa de todos vós
Poetas da minha vida
A loucura, ouço dizer
Mas bendita esta loucura de cantar e sofrer
Chorai, chorai
Poetas do meu país
Troncos da mesma raíz
Da vida que nos juntou
E se vocês não estivessem a meu lado
Então não havia fado
Nem fadistas como eu sou

Mais de um mês depois

Isto chega a ser um pouco ridículo, dado que tenho a sensação de estar a escrever para mim e não para um blog de grande "tiragem".

Este é portanto um pedido de desculpas a mim próprio: o único leitor deste blog... ao menos assim não me sinto só e sempre posso dizer que tenho um alter ego e essas coisas assim meio loucas que marcam as personalidades dos génios.

Um mês depois de aqui estar, na cidade maravilhosa da Ibéria, a que conclusões se chega?
1. Que na ibéria, salvo raras diferenças, somos iguais, o caldo é o mesmo...
2. Que a cidade é maravilhosa, apesar de a conhecer muito pouco, e que começo a entender o desejo de alguns lusitanos em vir para cá estudar e/ou trabalhar
3. Que os catalães não são antipáticos ao contrário do que se diz (deviam ir a Évora...)
4. Que os professores de cá são simpáticos, respeitadores da diferença (historiador e portugués versus psicólogos e catalães), compreensivos, prestáveis e com um sentido de humor que não visa mandar os "inferiores" ainda mais para baixo (são assim como os portugueses só que ao contrário!)
5. Que as coisas são mais caras, mas não tão mais caras (há que saber procurar)
6. Que apesar desta gaita ser grande como o caraças e com tarados por todo o lado me sinto mais seguro que em Lisboa (posso admitir aqui o relativismo da minha opinião associando-o a algumas experiências traumáticas passadas na capital do quinto império)
7. Que apesar de todas estas coisas boas quero estar na minha terra com os meus...